A taxa de desemprego do estado foi a mais baixa do Sudeste e a quinta menor do país no 2º trimestre do ano.
Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua/IBGE), referentes aos meses de abril, maio e junho de 2025, divulgados no dia 15 de agosto, mostraram que a taxa de desocupação no estado caiu para 3,1%, mantendo-se abaixo da média registrada no país (5,8%) e no Sudeste (5,3%) no mesmo período. O resultado indica uma redução de 1,4 ponto percentual (p.p.) na taxa de desemprego do estado em comparação ao mesmo trimestre de 2024, quando estava em 4,5%, e uma queda de 0,9 p.p. frente ao 1º trimestre de 2025, cuja taxa foi de 4,0%. Com isso, o Espírito Santo registrou a taxa de desocupação mais baixa desde 2012, período no qual a pesquisa foi iniciada.
Cabe destacar que o indicador foi o menor da Região Sudeste, assim como nos trimestres anteriores, e o quinto menor entre os estados do país. No ranking nacional, os estados que registraram as taxas de desemprego mais baixas foram Santa Catarina (2,2%), Rondônia (2,3%), Mato Grosso (2,8%) e Mato Grosso do Sul (2,9%), enquanto Pernambuco (10,4%), Bahia (9,1%) e Distrito Federal (8,7%) apresentaram as maiores taxas do país no segundo trimestre do ano.
Taxa de desocupação (%) – Espírito Santo, Brasil e Região Sudeste

Por sua vez, a taxa de subutilização, medida mais ampla de desemprego, que engloba as pessoas desocupadas, subocupadas e inseridas na força de trabalho potencial, atingiu 7,1% no 2º trimestre de 2025, uma redução de 2 p.p. em relação ao mesmo trimestre de 2024, enquanto se manteve constante em relação ao trimestre anterior.
População ocupada
No 2º trimestre de 2025, o nível de ocupação no Espírito Santo — indicador que mede a proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa — foi de 60,6%, mantendo-se estável tanto em relação ao mesmo trimestre do ano anterior quanto ao período imediatamente anterior. Esse percentual correspondeu a 2,04 milhões de pessoas ocupadas no mercado de trabalho capixaba, número que também permaneceu estável em comparação aos períodos prévios.
Em termos setoriais, entre o 2º trimestre de 2024 e 2025, as atividades econômicas com crescimento mais expressivo na quantidade de ocupados foram a agropecuária (5,0%), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,4%) e comércio (2,8%). Por outro lado, serviços domésticos (-21,6%), construção (-6,9%) e indústria geral (-4,3%) registraram quedas no número de ocupados na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
Rendimento
Em termos salariais, a massa de rendimento mensal das pessoas ocupadas no Espírito Santo totalizou R$ 6,95 bilhões no 2º trimestre de 2025, registrando crescimento de 4,7% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior. Em relação ao 1º trimestre de 2025, a massa de rendimento real do estado aumentou 2,2%. Já o rendimento médio mensal real dos trabalhadores capixabas foi de R$ 3.469 no 2º trimestre de 2025, representando alta de 4,2% frente ao mesmo período de 2024.
No Brasil, o rendimento médio real mensal habitual em todos os trabalhos foi de R$ 3.477 no 2º trimestre de 2025, apresentando aumento de 3,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 3.367) e de 1,1% em comparação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 3.440).
Informalidade
A taxa de informalidade, que representa a parcela dos trabalhadores ocupados no setor informal em relação ao total da população ocupada, atingiu 38,2% no Espírito Santo no 2º trimestre do ano, uma queda de 1,4 p.p em relação ao 2º trimestre de 2024. Com esse resultado, a taxa de informalidade capixaba permaneceu abaixo da média nacional de 37,8% no período.
Os estados brasileiros com as maiores taxas de informalidade foram Maranhão (56,2%), Pará (55,9%) e Bahia (52,3%). Já Santa Catarina (24,7%), Distrito Federal (28,4%) e São Paulo (29,2%) registraram as menores taxas para o 2ª trimestre de 2025.