O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou em 29/09/2025 os dados do Novo Caged referentes à movimentação do mercado de trabalho formal no mês de agosto de 2025.
Entre janeiro e agosto de 2025, o Espírito Santo registrou um saldo positivo de 19.120 vagas de emprego formal, resultantes da diferença entre 405.715 admitidos e 386.595 desligados no período. Com a incorporação desses novos postos formais, o estado alcançou um estoque de 928.520 empregos formais, que representa um avanço de 2,1% no total de empregos registrado no final do ano anterior.
No acumulado do ano, todos os setores criaram vagas de trabalho formal: serviços (+8.350), indústria (+6.183), agropecuária (+2.385) e comércio (+1.168).
Em termos geográficos, continuaram se destacando na geração de novos postos formais os municípios de Aracruz (+4.337), Serra (+3.380) e Vitória (+2.030).
Análise Mensal
Em agosto, foram registradas 906 novas vagas de emprego formal no Espírito Santo, decorrentes das 47.949 admissões e 47.043 desligamentos no período.
No setor agropecuário, o fechamento de 1.008 vagas em agosto, pelo terceiro mês consecutivo, refletiu principalmente o fim do ciclo de colheita do café, cujas atividades relacionadas foram responsáveis pela perda de 610 postos formais, ainda que em menor intensidade que nos meses anteriores.
Por outro lado, o setor de serviços liderou a criação de vagas no mês de agosto, gerando 1.247 novos postos formais. Esse saldo positivo na geração de empregos formais no setor foi puxado especialmente pelas atividades ligadas à administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+778).
Já o setor industrial registrou a criação de 490 postos formais de trabalho em agosto. Entre os principais segmentos do setor, a indústria de transformação abriu 372 novas vagas, com destaque para atividades relacionadas à manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (+609).
O comércio também registrou desempenho positivo em agosto, com a criação de 177 empregos, sendo 174 deles concentrados no setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas.
No estado, 58 dos 78 municípios registraram a criação de vagas formais em agosto, sendo Vitória (+730), Serra (+270) e Cachoeiro do Itapemirim (+209) os municípios com os maiores saldos, conforme pode ser visto no painel abaixo.
Já o Brasil gerou 147.358 novos postos de trabalho formais no mês de agosto, o que contribui para que o estoque de empregos formais alcançasse 48,7 milhões. O destaque no cenário nacional também foi o setor de serviços, responsável por 81.002 mil vagas, seguido pela indústria (36.426), comércio (32.612). Já a agropecuária registrou o encerramento de 2.665 postos formais em agosto. Os estados que lideraram a criação de vagas formais no país foram São Paulo (45.450), Rio de Janeiro (+16.128) e Pernambuco (+12.692)
Confira mais informações sobre a movimentação do emprego formal nos municípios capixabas no painel a seguir.
Diferenças metodológicas entre o Caged e o Novo Caged
De 1992 a 2019 as informações sobre o mercado de trabalho formal foram registradas e divulgadas como fonte pelo Caged. A partir de janeiro de 2020, estas passaram a ter como fonte o Novo Caged.
O Novo Caged conta com as informações do eSocial. O eSocial foi instituído em pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, com objetivo de concentrar em um único sistema diversas informações de empresas e trabalhadores, unificando registros fiscais, previdenciários e trabalhistas. Além do eSocial, o Novo Caged incorpora imputação de dados que vem do antigo Caged e do Web empregador, para complementar informação de desligamento. É, portanto, mais abrangente do que o Caged que só concentrava informações de admissões e desligamentos sob o regime CLT.
A captação de registros de admissões e desligamentos pelo Novo Caged passou a ter maior cobertura, dado que, além dos empregados sob o regime CLT, passou a cobrir os trabalhadores temporários, trabalhadores avulsos, agentes públicos, trabalhadores cedidos, dirigentes sindicais, contribuintes individuais e bolsistas. Estes não eram registrados no Caged ou a declaração era opcional, como a de vínculos temporários, o que para o Novo Caged passou a ser obrigatória. Com estas modificações, o volume das movimentações captadas pelo Novo Caged tende a ser maior. Estas diferenças de captação prejudicam a comparação da série ao longo do tempo, a qual deve ser realizada com as devidas ressalvas metodológicas.