A variação ocorre na aplicação das fórmulas de reajustes, previstas no contrato de fornecimento firmado entre a distribuidora estadual e a Petrobras. O preço do gás natural entregue no Espírito Santo é formado pela parcela do transporte (PT) e pela parcela da molécula (PM). A política de preços da companhia segue metodologias internacionais e, com isso, variáveis como a taxa de câmbio, a cotação internacional do barril de petróleo e o IGPM impactam na tarifa final do insumo.
Segundo informou a Petrobras, a variação na Parcela de Transporte (PT) foi oriunda da atualização, realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que é efetivada anualmente no mês de maio. Para essa parcela, o reajuste é feito de acordo com a aferição do IGPM no período que, entre março de 2020 a março de 2021, registrou aumento de 31%.
Já com relação à Parcela da Molécula (PM), a companhia informou que entre os meses de janeiro, fevereiro e março, a cotação internacional do petróleo teve alta de 38%, seguindo a tendência de alta nos preços das commodities globais. Acrescenta-se ainda a desvalorização do real no período que impactou o preço da molécula no mercado doméstico.
O gás natural é uma fonte energética imprescindível dentro da estrutura de custos das indústrias e, por isso, o acompanhamento sistemático da tarifa final torna-se importante para o acompanhamento da competitividade industrial no Estado.
Com intuito de fornecer conteúdo capaz de permitir a previsibilidade para a tomada de decisão entre os atores do setor, o Ideies apresenta abaixo a evolução da tarifa de gás natural no Espírito Santo, dividida por segmento e por faixa de consumo.
Cabe destacar que, a partir de 2016 a Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP) deixou de divulgar as tarifas com a inclusão de impostos. A série foi ajustada para uma aproximação do cálculo da tarifa com a inclusão dos seguintes imposto: ICMS(17%), PIS (1,65%) e Cofins (7,6%).