O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou em 30/10/2025 os dados do Novo Caged referentes à movimentação do mercado de trabalho formal no mês de setembro de 2025
Entre janeiro e setembro de 2025, o Espírito Santo registrou um saldo positivo de 22.854 postos de trabalho formal, resultado da diferença entre 454.623 admissões e 431.769 desligamentos. Com a criação dessas vagas, o estoque de empregos formais no estado atingiu 932,3 mil, representando um crescimento de 2,51% em relação ao total registrado no final de 2024.
No período, todos os setores da economia capixaba apresentaram ampliação do emprego formal: serviços (+11.345), indústria (+7.906), comércio (+2.874) e agropecuária (+729).
Em termos geográficos, os municípios do estado que mais se destacaram na geração de novos postos formais foram Aracruz (+4.616), Serra (+3.715) e Vitória (+1.979).
Análise Mensal
Em setembro, o Espírito Santo criou 3.793 novos vagas formais, resultado de 48.619 admissões e 44.826 desligamentos registrados no mês.
O setor de serviços liderou a criação de postos formais no Espírito Santo, registrando a abertura de 1.753 novas vagas no mês de setembro. Esse desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelas atividades voltadas ao transporte, armazenagem e correio (+590) e a atividades administrativas, financeiras e técnicas (+568).
No período, o comércio também registrou desempenho positivo na geração de vagas no mercado de trabalho formal capixaba, com a criação de 1.438 postos formais, estando a maior parte deles concentrados nas atividades comerciais varejistas (+963).
Por sua vez, o setor industrial do estado registrou 1.267 novos postos formais em setembro. O destaque se manteve com a indústria de transformação, que abriu 646 novas vagas, estimulada especialmente pelas atividades relacionadas à fabricação de produtos alimentícios (+263) e a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+118). Além disso, o segmento da construção (+574) também apresentou saldos positivos na movimentação do emprego formal, influenciado principalmente pelas atividades de montagem e desmontagem de andaimes e outras estruturas metálicas (+204).
Em contrapartida, no estado, a agropecuária encerrou 665 vagas formais em setembro, registrando saldo negativo pelo quarto mês consecutivo, ainda que em menor intensidade que nos meses anteriores.
Ressalta-se ainda que, no estado, 61 dos 78 municípios registraram a criação de vagas formais em setembro, sendo Linhares (+752), Vila Velha (+493) e Cariacica (+456) os municípios com os maiores saldos, como exibido no painel abaixo.
Já em relação ao cenário nacional, foram gerados cerca de 213 mil novos postos de trabalho formal no mês de setembro, o que contribui para que o estoque de empregos formais alcançasse 48,9 milhões. O destaque no cenário nacional também foi o setor de serviços, responsável por 106,6 mil vagas, seguido pela indústria (+66.950), comércio (+36.280) e agropecuária (+3.167).
Confira mais informações sobre a movimentação do emprego formal nos municípios capixabas no painel a seguir.
Diferenças metodológicas entre o Caged e o Novo Caged
De 1992 a 2019 as informações sobre o mercado de trabalho formal foram registradas e divulgadas como fonte pelo Caged. A partir de janeiro de 2020, estas passaram a ter como fonte o Novo Caged.
O Novo Caged conta com as informações do eSocial. O eSocial foi instituído em pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, com objetivo de concentrar em um único sistema diversas informações de empresas e trabalhadores, unificando registros fiscais, previdenciários e trabalhistas. Além do eSocial, o Novo Caged incorpora imputação de dados que vem do antigo Caged e do Web empregador, para complementar informação de desligamento. É, portanto, mais abrangente do que o Caged que só concentrava informações de admissões e desligamentos sob o regime CLT.
A captação de registros de admissões e desligamentos pelo Novo Caged passou a ter maior cobertura, dado que, além dos empregados sob o regime CLT, passou a cobrir os trabalhadores temporários, trabalhadores avulsos, agentes públicos, trabalhadores cedidos, dirigentes sindicais, contribuintes individuais e bolsistas. Estes não eram registrados no Caged ou a declaração era opcional, como a de vínculos temporários, o que para o Novo Caged passou a ser obrigatória. Com estas modificações, o volume das movimentações captadas pelo Novo Caged tende a ser maior. Estas diferenças de captação prejudicam a comparação da série ao longo do tempo, a qual deve ser realizada com as devidas ressalvas metodológicas.




































