No segundo trimestre de 2025, a pesquisa Sondagem Indústria da Construção do Espírito Santo indicou queda na satisfação dos empresários do setor com a situação financeira e com a margem de lucro operacional dos negócios, evidenciado pelo recuo nos indicadores e registros abaixo da linha divisória de 50,0 pontos (que separa satisfação de insatisfação).
O índice de satisfação com a situação financeira caiu 4,7 pontos em relação ao primeiro trimestre, marcando 42,3 pontos; já o índice com a margem de lucro operacional recuou 0,7 ponto, atingindo 36,0 pontos.
Além disso, a pesquisa apontou que, entre os principais problemas enfrentados pelos industriais da construção no segundo trimestre, ficaram a falta ou alto custo de mão de obra não qualificada em 1º lugar, com 52,4% das menções; elevada carga tributária na 2ª posição, com 42,9% das citações; e a falta ou alto custo de trabalhador qualificado em 3º lugar, com 38,1% das indicações.
Análise mensal
Em junho de 2025, a Sondagem Indústria da Construção apontou retração na atividade e no emprego nas indústrias capixabas do setor. O índice de nível de atividade marcou 46,6 pontos, abaixo da linha divisória de 50,0 pontos, indicando queda, ainda que menos disseminada ao crescer 0,9 ponto. Já o indicador de número de empregados recuou 3,1 pontos, registrando 44,9 pontos.
Por sua vez, a Utilização da Capacidade de Operação (UCO) avançou 2,0 pontos percentuais, alcançando 74,0%, o que sugere uma melhora na eficiência do uso do parque produtivo.
Expectativas
Em julho de 2025, os industriais da construção no Espírito Santo mantiveram otimismo moderado para os próximos 6 meses. No mês, três dos quatro indicadores de expectativas seguiram acima da linha divisória de 50,0 pontos, ainda que tenham recuado em relação a junho. Os maiores registros foram para o índice de expectativas para nível de atividade e para compras de matéria-prima (ambos com 50,7 pontos), seguido pelo índice de número de empregados (50,4 pontos).
Já o índice de novos empreendimentos e serviços recuou para 48,2 pontos, indicando pessimismo para esse indicador.
Por outro lado, os empresários demonstraram maior propensão em investir. O índice avançou 2,8 pontos, alcançando 54,1 pontos (neste indicador, não há linha divisória, quanto maior o índice, maior a propensão em investir).
A Sondagem Indústria da Construção é uma pesquisa de opinião, e seu objetivo é acompanhar o desempenho e as perspectivas do setor, gerando indicadores de tendência passada e futura e de satisfação, que permite a empresários e analistas econômicos acompanhar a evolução recente da indústria.




































