Com um crescimento de 6,1% até agosto, a indústria do Espírito Santo apresentou o melhor desempenho entre os estados pesquisados pelo IBGE, impulsionada, sobretudo, pela extração de petróleo e gás natural e produção de pelotas de minério de ferro. O setor também gerou novas vagas de emprego formal, com uma média salarial acima da estadual, com destaque para a indústria extrativa. Por outro lado, o comércio exterior mostrou retração no valor das exportações, afetado pela queda nos preços internacionais de commodities, embora o volume exportado tenha crescido. No cenário interno, a inflação apresentou uma aceleração mais intensa na Grande Vitória do que no país, influenciada pelos preços de itens como energia elétrica. Já os indicadores de confiança industrial, em outubro, permaneceram abaixo do nível considerado positivo, revelando falta de confiança entre os empresários.
Os dados mais recentes da Pesquisa Industrial Mensal Regional mostraram que a indústria do Espírito Santo registrou o maior crescimento entre os locais pesquisados pelo IBGE. Com um avanço de 6,1% de janeiro a agosto, a indústria capixaba foi impulsionada, principalmente, pela indústria extrativa (+9,5%), com aumento nas produções de pelotas de minério de ferro, petróleo e gás natural.
Na outra ponta, a indústria de transformação variou -0,3%, pressionada pelo recuo de 4,5% na fabricação de produtos de minerais não-metálicos, que apresentou uma menor fabricação de granito. Por sua vez, a metalurgia expandiu 1,6% e a fabricação de celulose, papel e produtos de papel aumentou 1,1%, enquanto a fabricação de produtos alimentícios variou +0,2%
Acompanhando o movimento positivo do aumento da atividade produtiva, o setor industrial capixaba também registrou aumento do emprego formal no mesmo período, além de uma remuneração mais alta em relação à média da economia estadual (com destaque para a indústria extrativa, que demanda mão de obra especializada).
No comércio exterior, contudo, o panorama apresentou-se menos favorável. O valor das exportações da indústria capixaba recuou 8,7% de janeiro a agosto, influenciado pela queda nos preços internacionais de commodities como celulose e minério de ferro. Em termos de volume, as exportações ampliaram 6,6% nos mesmos meses.
Já as importações de bens industriais pelo estado contraíram 7,1% em valor e 17,5% em volume no período, devido à redução nas compras de veículos elétricos, aeronaves e carvão mineral.
Na economia doméstica, a inflação brasileira, medida pelo IPCA, registrou leve aceleração entre agosto e setembro, passando de 5,13% para 5,17% no acumulado em 12 meses. Na Grande Vitória, a inflação passou de 5,30% para 5,59% no mesmo período, refletindo, principalmente, o aumento do preço de bens e serviços administrado, como energia elétrica, plano de saúde e gasolina.
A inflação acima da meta (de 3,0% com intervalos de tolerância de mais ou menos 1,5p.p.), a taxa de juros elevada e um aumento de incertezas na condução da política fiscal do país, têm aumentado a percepção de risco sobre os próximos passos econômicos do país, os quais podem influenciar as tomadas de decisões das empresas.
Em relação à confiança do setor industrial, em outubro, o ICEI do Brasil e o ICEI do Espírito Santo atingiram 47,2 pontos e 48,4 pontos, respectivamente. Por estarem abaixo da linha de 50 pontos, evidenciaram a falta de confiança do empresário.
Por fim, a edição do Boletim da Indústria Capixaba de outubro traz a seguinte análise especial:
➡️ A evolução da infraestrutura no setor de petróleo e gás natural do Espírito Santo




































