O IBGE divulgou, em abril, a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional referente a março de 2025
O avanço de 2,6% da produção física da indústria foi impulsionado pelo desempenho positivo da indústria extrativa (3,4%) e pela indústria de transformação (1,0%), com destaque para metalurgia (10,2%) e para a fabricação de produtos alimentícios (0,3%).
Para a indústria extrativa, o IBGE indicou que o crescimento do setor foi puxado pelo aumento de produção de minério de ferro pelotizado, enquanto a atividade de petróleo e gás natural contraiu na análise interanual.
Entre as atividades da indústria de transformação, o setor que registrou a maior crescimento foi a metalurgia (10,2%), seguido pela fabricação de produtos alimentícios (0,3%). Já pelos resultados negativos da indústria de transformação, a fabricação de celulose, papel e produtos de papel registrou uma queda de 11,1% e a fabricação de produtos de minerais não-metálicos caiu 6,0%.
Nessa base de comparação, o destaque no mês de março foi a produção da metalurgia (+10,2%), devido a uma maior produção de bobinas a quente de aços e ferro-gusa. Em contrapartida, entre as atividades da indústria de transformação, a fabricação de papel e celulose registrou a maior queda de produção em março (-11,1%). Vale mencionar que, no 1º trimestre do ano, houve uma parada programada para manutenção na planta C da unidade da Suzano, em Aracruz.
Gráfico – Variação (%) da produção física industrial do Espírito Santo por atividade | Março x Fevereiro de 2025
Base de comparação: mês contra mês imediatamente anterior*

Além desse resultado positivo, a produção física da indústria do Espírito Santo também cresceu na passagem de fevereiro para março, na série com ajuste sazonal, ao registrar uma alta de 4,6%. Esse foi o segundo mês consecutivo de crescimento nessa base de comparação. O desempenho da indústria capixaba superou o da indústria nacional, que registrou alta de 1,2%. Entre os 15 locais pesquisados pelo IBGE, o Espírito Santo apresentou o segundo maior crescimento, empatado com o Pará, ficando atrás apenas do Amazonas, que avançou 5,6%.
Mesmo com esses resultados positivos, no acumulado do primeiro trimestre o desemprenho do setor foi negativo, pressionado, principalmente, pela queda na indústria extrativa. A indústria capixaba recuou 6,1%, impulsionada pela queda de 9,0% na indústria extrativa e pela contração de 0,2% na indústria de transformação.
Já no acumulado em 12 meses até março, a indústria capixaba registrou queda de 4,3%, influenciada pelo recuo de 7,0% na indústria extrativa, ao passo que a indústria de transformação registrou alta de 1,0%.
Nota: A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF Regional) referente a março foi divulgada na quarta-feira, 14 de maio de 2025, pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE). Para o Espírito Santo é feito o levantamento de 29 produtos, o que gera uma cobertura de 79% da indústria geral do estado, segundo a metodologia adotada pela pesquisa.