No período, a taxa de desemprego do estado permaneceu abaixo da média do país (6,2%) e registrou o menor resultado desde 2012
Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua/IBGE), referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2024, divulgados no dia 14 de fevereiro, mostraram que a taxa de desocupação no estado ficou em 3,9% no período — patamar abaixo da média registrada no país (6,2%).
O indicador, que mede o desemprego no estado, caiu 1,3 ponto percentual frente ao mesmo trimestre de 2023, quando a taxa de desocupação do Espírito Santo foi de 5,2%. Na comparação entre o 3º e o 4º trimestre de 2024, a taxa de desocupação do estado registrou um suave recuo de 0,2 p.p.
Assim como no trimestre anterior, a taxa de desocupação do Espírito Santo permaneceu a menor da região Sudeste e a 6ª menor entre os estados brasileiros no quarto trimestre de 2024. Enquanto as menores taxas de desocupação foram apresentadas por Mato Grosso (2,5%), Santa Catarina (2,7%) e Rondônia (2,8%) e as maiores foram registradas por Pernambuco (10,2%), Bahia (9,9%) e Distrito Federal (9,1%).
Com a taxa de desocupação em 3,9% no 4º trimestre de 2024, o Espírito Santo registrou a menor taxa desde 2012, período no qual a pesquisa foi iniciada.

A taxa de subutilização, que compreende as pessoas desocupadas, subocupadas1 e na força de trabalho potencial2, retrata de forma mais ampla a disponibilidade de mão de obra não absorvida ou parcialmente absorvida pelo mercado de trabalho. A taxa de subutilização do Espírito Santo atingiu 7,6% no 4º trimestre de 2024, com uma redução de 0,7 p.p. em relação ao trimestre imediatamente anterior. Quando comparado com o 4º trimestre de 2023 (11,4%), esse indicador registrou uma queda de 3,8 p.p.
População ocupada
No 4º trimestre de 2024, o nível de ocupação, que é a proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa, foi de 60,7% no Espírito Santo, mesmo patamar registrado no 4º trimestre do ano anterior. Todavia, esse nível representou cerca de 2,08 milhões de pessoas ocupadas, contingente 0,9% maior ao do 4º trimestre de 2023 (19 mil pessoas a mais). Já em relação ao 3º trimestre de 2024, houve uma leve alta de 0,3% na população ocupada do estado (aproximadamente 5 mil pessoas a mais).
Entre o 4º trimestre dos anos de 2023 e 2024, o aumento no número de ocupados foi mais expressivo nos setores de outros serviços (13,3%) e transporte, armazenagem e correio (7,1%). Outros setores também apresentaram variação positiva, como administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (6,8%), indústria geral (4,4%) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (1,1%). Já aqueles que registraram queda no número de ocupados foram: alojamento e alimentação (-17,7%), informação, comunicação e atividades financeiras (-5,2%), agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2,6%), construção (-1,3%) e serviços domésticos (-0,3%).
Rendimento
Em relação à massa de rendimento mensal das pessoas ocupadas no Espírito Santo, houve um aumento de 9,1% no 4º trimestre de 2024, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, totalizando R$ 6,72 bilhões. Já em relação ao 3º trimestre de 2024, a massa de rendimento real sofreu uma queda -1,1%.
O rendimento médio mensal real dos trabalhadores capixabas foi de R$ 3.298,00 no 4º trimestre de 2024, representando um aumento 7,6% em relação ao mesmo trimestre de 2023 e uma queda de 1,6% ante ao 3º trimestre de 2024.
Para o Brasil, o rendimento médio real mensal habitual em todos os trabalhos foi de R$ 3.315,00 no 4º trimestre de 2024. Este resultado apresentou um aumento de 4,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 3.268,00) e uma queda de 1,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 3.178,00).
Informalidade
A taxa de informalidade, que representa a parcela dos trabalhadores ocupados no setor informal em relação ao total da população ocupada, chegou a 38,3% no Espírito Santo no 4º trimestre, representando um aumento de 0,7 p.p em relação ao 4º trimestre de 2023. Com esse resultado, a taxa de informalidade capixaba permaneceu abaixo da média nacional (38,6%).
Os estados brasileiros com as maiores taxas de informalidade foram Pará (57,6%), Maranhão (56,8%) e Piauí (54,9%). Por outro lado, Santa Catarina (25,6%), Distrito Federal (29,0%) e São Paulo (30,3%) registraram as menores taxas para o 4ª trimestre de 2024.