Nessa edição do Educação em Foco, exploramos as trajetórias e os desafios enfrentados pela população negra no processo educacional, do ensino básico ao superior, com um olhar especial sobre o panorama brasileiro.
Acesse aqui a edição na íntegra.
De acordo com a ONU, a população negra (pretos e pardos), que abrange povos com histórias, experiências e identidades variadas, encontra-se entre os grupos mais pobres e marginalizados enfrentando desigualdades e desvantagens provenientes do legado da escravidão e do colonialismo impostos anos atrás.
No Brasil, apesar dos avanços legais rumo a inclusão social dessa população, fruto de sua luta por uma sociedade mais justa e igualitária, as desigualdades ainda se perpetuam. Conforme aponta o IBGE, em 2022, as pessoas pretas e pardas representavam conjuntamente 70,3% dos pobres no país. Os altos índices de pobreza dessa população se refletem em suas condições de vida, inclusive nas oportunidades educacionais, muitas vezes limitadas. Ainda segundo dados do IBGE, em 2023 o analfabetismo se fazia presente em 7,1% da população negra brasileira de 15 anos ou mais, enquanto esse percentual foi de 3,2% entre a população branca.
Essas disparidades raciais também se revelam ao longo do processo educacional, afetando o acesso, o desempenho e a permanência dos negros na escola e, consequentemente, a sua transição para o ensino superior. Em 2023, de acordo com a Pnad-Contínua/IBGE, apenas 13% da população negra de 25 anos ou mais possuía ensino superior completo, frente a 28% da população branca.
Em um olhar específico para a população quilombola, as desigualdades educacionais se mostram ainda mais desafiadoras. Essa população, que resistiu ao regime escravocrata no país, enfrenta, muitas vezes, a precariedade de infraestruturas escolares e as dificuldades específicas da educação no campo, assim como a pouca contextualização do ensino em relação a realidade e a história local.
Para que mudanças reais ocorram nesses cenários tão desiguais, é necessário, sobretudo, o enfrentamento das desigualdades sociais, combatendo os fatores que dificultam o acesso e a permanência da população negra na escola. Também é preciso incentivar as escolas a adotarem práticas de integração racial e de reconhecimento da importância dos diferentes povos para a formação da sociedade brasileira.
Ficou interessado e quer aprofundar seus conhecimentos sobre o tema? Convidamos você a ler essa edição do Educação em Foco e explorar conosco algumas perspectivas sobre as desigualdades raciais na educação brasileira.
Leia esta edição do Educação em Foco clicando aqui.
Boa leitura!