Esse é o maior valor para o período em dez anos
Passada a primeira metade de 2022, as condições econômicas mundiais seguem em deterioração. O choque de oferta decorrente da guerra russo-ucraniana, elevação dos preços das principais commodities energéticas e alimentícias, lockdowns em cidades chinesas, a inflação global disseminada e o consequente aperto monetário, causaram um aumento na percepção de perda de fôlego da atividade econômica nos países centrais e emergentes.
Nesse período, a corrente de comércio do Espírito Santo atingiu US$ 9,5 bilhões e alcançou o maior patamar em dez anos. Grande parte do crescimento das transações comerciais tem sido impactada pelas altas dos preços internacionais, em razão do aumento da cotação das principais commodities comercializadas pelo estado.
A balança comercial do Espírito Santo fechou o 1º semestre de 2022 com superávit de US$ 5,54 milhões. O desempenho positivo é decorrente da diferença entre as exportações de US$ 4.756 milhões e das importações US$ 4.750 milhões.
Os produtos das indústrias de transformação foram os mais negociados no comércio externo, gerando o melhor resultado para os primeiros seis meses do ano para esse setor industrial na série histórica.
O total de bens enviados ao exterior pelas indústrias de transformação somaram US$ 2,3 bilhões entre janeiro e junho deste ano. O montante foi 17,1% superior aos US$ 1,9 bilhão exportado no mesmo período de 2021.
A despeito da recuperação dos fluxos e dos bons resultados comerciais do Espírito Santo no primeiro semestre, as prospecções do FMI para a atividade econômica mundial em 2022 apresentaram piora em relação às feitas em abril. O Fundo reduziu de 3,6% para 3,2% as perspectivas de crescimento da atividade. Por essa razão, as perspectivas são de um cenário internacional desfavorável ao comércio exterior nos próximos meses.
No Brasil, as condições econômicas têm apresentado leve melhora em relação às projeções no início do ano. Com uma recuperação consistente do mercado de trabalho e a adoção de medidas para aliviar os preços (principalmente dos combustíveis) e incentivar o consumo interno, as expectativas do mercado é de um crescimento de 2,0% do PIB nacional em 2022. Em janeiro, a projeção era de um crescimento de 0,3%.
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