O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou em 30/06/2025 as informações do Novo Caged referentes à movimentação do mercado de trabalho formal no mês de maio de 2025
Em maio, o Espírito Santo registrou a abertura de 7.294 vagas de emprego formal, resultado da diferença entre 55.835 admissões e 48.541 desligamentos no período.
Do ponto de vista setorial, a geração de novos postos formais foi liderada pela agropecuária (+6.433), seguida pelos setores de serviços (+549), comércio (+250) e indústria (+62), que também registraram saldos positivos no mês de maio.
Na agropecuária, destacaram-se as atividades ligadas à lavoura permanente, especialmente o cultivo de café, responsável pela abertura de 4.477 vagas formais no mês, impulsionado pelas demandas sazonais da colheita no período.
No setor de serviços, as maiores contribuições para a geração de empregos formais em maio vieram das atividades administrativas, com 143 novas vagas, e das atividades profissionais, científicas e técnicas, com 109 postos criados.
Os resultados positivos das atividades do comércio em maio foram impulsionados pela geração de empregos formais tanto no comércio atacadista (+127) quanto no comércio varejista (+120).
Por fim, o desempenho do emprego formal na indústria capixaba foi impulsionado principalmente pela indústria de transformação, que abriu 566 vagas, com destaque para as atividades de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (+325) e fabricação de produtos alimentícios (+247). Em contrapartida, a indústria da construção encerrou 545 postos formais no mês.
Análise do acumulado do ano
Nos cinco primeiros meses do ano, o Espírito Santo registrou um saldo de 23.857 novos postos formais de trabalho, decorrente da diferença entre 260.799 admitidos e 236.942 desligados no período. Com a incorporação dessas novas vagas, o estado alcançou um total de 933.274 empregos formais entre janeiro e maio de 2025, que reflete um crescimento de 2,6% em relação ao registrado ao final de 2024.
A criação de novas vagas no estado foi impulsionada principalmente pela agropecuária (+12.152), influenciada pela colheita do café, seguida pelos setores de serviços (+7.288) e indústria (+5.182). Já o comércio registrou o fechamento de 765 postos formais, em reflexo às demissões de trabalhadores temporários contratados no final do ano anterior, ocorridas, sobretudo, em janeiro.
No estado, 61 dos 78 municípios registraram resultado positivo, sendo Aracruz (+3.689), Linhares (+2.423) e Sooretama (+2.272) os municípios com os maiores saldos líquidos no período, conforme pode ser verificado no painel abaixo.
No mesmo período, o mercado de trabalho nacional contabilizou a criação líquida de aproximadamente 1,05 milhão de novos postos formais, com a maior parte das novas vagas concentrada nos estados de São Paulo (+309,7 mil), Minas Gerais (+124,3 mil) e Paraná (+84,9 mil). Assim, o estoque total de empregos formais no país chegou a 48,2 milhões.
Confira mais informações sobre a movimentação do emprego formal nos municípios capixabas no painel a seguir.
Diferenças metodológicas entre o Caged e o Novo Caged
De 1992 a 2019 as informações sobre o mercado de trabalho formal foram registradas e divulgadas como fonte pelo Caged. A partir de janeiro de 2020, estas passaram a ter como fonte o Novo Caged.
O Novo Caged conta com as informações do eSocial. O eSocial foi instituído em pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, com objetivo de concentrar em um único sistema diversas informações de empresas e trabalhadores, unificando registros fiscais, previdenciários e trabalhistas. Além do eSocial, o Novo Caged incorpora imputação de dados que vem do antigo Caged e do Web empregador, para complementar informação de desligamento. É, portanto, mais abrangente do que o Caged que só concentrava informações de admissões e desligamentos sob o regime CLT.
A captação de registros de admissões e desligamentos pelo Novo Caged passou a ter maior cobertura, dado que, além dos empregados sob o regime CLT, passou a cobrir os trabalhadores temporários, trabalhadores avulsos, agentes públicos, trabalhadores cedidos, dirigentes sindicais, contribuintes individuais e bolsistas. Estes não eram registrados no Caged ou a declaração era opcional, como a de vínculos temporários, o que para o Novo Caged passou a ser obrigatória. Com estas modificações, o volume das movimentações captadas pelo Novo Caged tende a ser maior. Estas diferenças de captação prejudicam a comparação da série ao longo do tempo, a qual deve ser realizada com as devidas ressalvas metodológicas.