Espírito Santo criou 28.917 novos empregos com carteira assinada entre janeiro e julho de 2024

O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou, na quarta-feira (28/08/2024), as informações do Novo Caged referentes à movimentação do mercado de trabalho formal no mês de julho de 2024.

Os dados do Novo Caged referentes ao período de janeiro a julho de 2024 mostraram que o mercado de trabalho formal capixaba registrou a criação líquida (admissões acima de desligamentos) de 28.917 postos formais de trabalho no período. O resultado decorre da diferença entre 339.895 admissões e 310.978 desligamentos.

Todos os setores da economia capixaba registraram saldos positivos no período, com destaque para os serviços (+14.374), a indústria (+11.143), a agropecuária (+1.740) e o comércio (+1.660). Com os resultados de julho, o estado acumulou um estoque de 903.245 postos formais de trabalho em 2024.

O desempenho do mercado de trabalho formal capixaba posicionou o Espírito Santo na 13ª colocação entre os estados brasileiros na geração de novos postos formais no semestre. São Paulo (+441,1 mil), Minas Gerais (+173,3 mil) e Paraná (+124,6 mil) ocuparam as três primeiras posições. Já na outra extremidade, Alagoas (-3,5 mil), Roraima (+3,8 mil) e Acre (+5,8 mil) guardaram as últimas posições na criação de postos formais de trabalho.

O mercado de trabalho brasileiro registrou a abertura de 1,5 milhão de postos formais de trabalho no acumulado de janeiro a julho de 2024, fazendo com que o estoque de empregos formais no Brasil atingisse a marca de 47,0 milhões de trabalhadores em 2024.

Resultados setoriais

As vagas criadas no Espírito Santo nos sete primeiros meses de 2024 originaram-se do saldo positivo de todos os setores da economia: os serviços (+14.374), a indústria (+11.143), a agropecuária (+1.740) e o comércio (+1.660).

O setor de serviços (+14.374) foi impulsionado, principalmente, pelas atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+5.532) e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+4.969). Na primeira atividade, o segmento de saúde humana e serviços sociais (+3.029) gerou a maior quantidade de novas vagas, enquanto que na segunda destacaram-se as atividades administrativas e serviços complementares (+2.026).

A indústria foi positivamente influenciada pela indústria geral (+6.098) e pela construção (+5.045). Pela ótica da indústria geral, contribuiu para o resultado positivo do setor a indústria de transformação (+5.669), com destaque para a fabricação de produtos alimentícios (+838). Já pelo lado da construção, os serviços especializados para construção (+2.288) tiveram o maior impacto positivo, seguido por construção de edifícios (+1.655) e obras de infraestrutura (+1.102).

A agropecuária registrou um saldo positivo de 1.740 postos formais de trabalho no acumulado de janeiro a julho de 2024, em que se destacou o cultivo de café (+824) – principal atividade agrícola do estado. Mesmo com os desligamentos que ocorreram em julho (-3.912), a atividade registrou desempenho positivo no período.

Por fim, a criação líquida de postos formais no comércio entre janeiro e julho de 2024 foi motivada pelo comércio por atacado, exceto veículos automotores e motocicletas (+2.385) e pelo comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (+1.309), ao passo que o comércio varejista observou a perda de 2.034 postos formais no período.

Municípios do ES

Na análise territorial do Espírito Santo, 65 dos 78 municípios capixabas registraram saldo positivo na geração de novas vagas formais de trabalho no acumulado de janeiro a julho de 2024. Os municípios com as maiores gerações de empregos foram: Serra (+4.816), Vila Velha (+4.053) e Vitória (+3.872). Por outro lado, Guarapari (-192), Mimoso do Sul (-43) e João Neiva (-35) registraram as maiores reduções de empregos formais no período.

Pela ótica dos municípios com os maiores resultados positivos, Serra, Vila Velha e Vitória foram impulsionadas pelos serviços. Já entre os municípios com as maiores retrações, Guarapari (-192) foi impactado pelo setor de serviços, Mimoso do Sul (-43) pelo comércio e João Neiva (-35) pela indústria.

Diferenças metodológicas entre o Caged e o Novo Caged

De 1992 a 2019 as informações sobre o mercado de trabalho formal foram registradas e divulgadas como fonte pelo Caged. A partir de janeiro de 2020, estas passaram a ter como fonte o Novo Caged.

O Novo Caged conta com as informações do eSocial. O eSocial foi instituído em pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, com objetivo de concentrar em um único sistema diversas informações de empresas e trabalhadores, unificando registros fiscais, previdenciários e trabalhistas. Além do eSocial, o Novo Caged incorpora imputação de dados que vem do antigo Caged e do Web empregador, para complementar informação de desligamento. É, portanto, mais abrangente do que o Caged que só concentrava informações de admissões e desligamentos sob o regime CLT.

A captação de registros de admissões e desligamentos pelo Novo Caged passou a ter maior cobertura, dado que, além dos empregados sob o regime CLT, passou a cobrir os trabalhadores temporários, trabalhadores avulsos, agentes públicos, trabalhadores cedidos, dirigentes sindicais, contribuintes individuais e bolsistas. Estes não eram registrados no Caged ou a declaração era opcional, como a de vínculos temporários, o que para o Novo Caged passou a ser obrigatória. Com estas modificações, o volume das movimentações captadas pelo Novo Caged tende a ser maior. Estas diferenças de captação prejudicam a comparação da série ao longo do tempo, a qual deve ser realizada com as devidas ressalvas metodológicas.

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Marcos Morais

Graduado em Ciências Econômicas pela UFRRJ e mestre em Economia pela UFES. Atua como Analista de Estudos e Pesquisas na Gerência do Observatório da Indústria. Possui interesse na área de finanças públicas e temas conjunturais.

Marília Silva - Gerente Executiva
Economista, Doutora pela FGV-SP e Mestre pela UFRGS, com experiência em pesquisa econômica e atuação no Ideies desde 2017. Lidera o Observatório da Indústria da Findes, referência em inteligência analítica e desenvolvimento industrial no Espírito Santo.

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Carolina Ferreira - Gerente de Estudos Estratégicos
Internacionalista, Mestre em Economia pela UFES e especialista em Gerenciamento de Projetos. Experiência em comércio internacional e avaliação de políticas públicas.

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Nathan Marques Diirr - Gerente de Ambiente de Negócios
Economista, mestrando em Economia pela UFES, com interesses em regulação, petróleo e gás, infraestrutura e ambiente de negócios.

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Suiani Febroni - Gerente de Inteligência de Dados e Pesquisas
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Mayara Bertolani - Coordenadora de Projetos e Operações
Economista, Mestre pela UFES, cursando MBA em Gestão de Projetos. Experiência em gestão de projetos, planejamento orçamentário, compras e análise econômica.

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Balmore Alírio Cruz Aguiar - Analista de Estudos e Pesquisas Sênior
Economista, mestre e doutorando em Economia pela Unicamp, com experiência em economia industrial, aplicada, desenvolvimento regional, conjuntura econômica e mercado de crédito.

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Bruno Novais - Analista de Estudos e Pesquisas Pleno
Economista e mestrando em Economia pela UFES, com experiência em pesquisas primárias e estudos econômicos e conjunturais.

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Flaviana Santos - Analista Administrativo Pleno
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Ingred Meira - Analista de Projetos Pleno
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Jane Machado - Analista de Estudos e Pesquisas Pleno
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João Vitor Soares - Estagiário de Nível Superior
Estudante de Economia pela UFES, com experiência em pesquisas de conjuntura, monitoria em Contabilidade Social e atuação em análise de dados conjunturais.

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