O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou, na quarta-feira (27/11/2024), as informações do Novo Caged referentes à movimentação do mercado de trabalho formal no mês de outubro de 2024.
Os dados do Novo Caged referentes ao período de janeiro a outubro de 2024 mostraram que o mercado de trabalho formal capixaba registrou a criação de 41.785 postos formais de trabalho no período. Esse resultado decorre da diferença entre 484.660 admitidos e 442.875 desligados.
No mesmo período, todos os setores da economia capixaba registraram saldos positivos no período: serviços (+21.203), indústria (+14.744), comércio (+5.827) e agropecuária (+9). Com isso, o Espírito Santo apresentou um total de 916.113 empregos formais em outubro de 2024, um avanço de 4,78% no total de emprego registrado em 2023.
Paralelamente, o mercado de trabalho nacional registrou a criação líquida de aproximadamente 2,1 milhões de novos postos formais de trabalho no acumulado de janeiro a outubro de 2024. Assim, o total de empregos formais no país atingiu a marca de 47,6 milhões, 4,65% a mais do que o total de empregos registrado em 2023. A geração das novas vagas no país foi liderada, em especial, pelos estados de São Paulo (+609,1 mil), Minas Gerais (+207,7 mil) e do Paraná (+163,2 mil).
Resultados setoriais
No acumulado do ano até outubro de 2024, todos os setores da economia capixaba registraram saldo positivo de postos formais de trabalho: serviços (+21.203), indústria (+14.744), comércio (+5.827) e agropecuária (+9).
O setor de serviços (+21.203) foi impulsionado, principalmente, pelas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+7.796) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+7.712).
Já o resultado do setor industrial capixaba foi positivamente influenciado pela indústria geral (+8.907) e pela construção (+5.837). O setor de transformação foi o que mais contribuiu para saldo positivo da indústria geral, com destaque para a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+1.254) e a fabricação de outros equipamentos de transporte (+1.133). Já na Construção, os serviços especializados para construção tiveram o maior impacto positivo (+3.228), seguido por construção de edifícios (+1.958) e obras de infraestrutura (+651).
Por sua vez, a criação de postos formais no comércio entre janeiro e outubro de 2024 foi impulsionada pelo comércio por atacado, exceto veículos automotores e motocicletas (+3.440), pelo comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (+1.879) e pelo comércio varejista que criou 508 novos postos formais de trabalho no período.
Por fim, a agropecuária registrou a criação de apenas 9 postos formais de trabalho no acumulado de janeiro a outubro de 2024, resultado puxado, sobretudo, pela perda líquida de vagas de emprego com carteira assinada nas atividades de produção florestal (-212) e pesca e aquicultura (-24).
Municípios do ES
No estado, 71 dos 78 municípios capixabas registraram resultado positivo na geração de novas vagas formais de trabalho, sendo Serra (+6.425), Vitória (+6.088) e Vila Velha (+5.933), os municípios com os maiores saldos. Por outro lado, os municípios que encerraram postos de emprego formal no período foram: Alegre (-139), Pinheiros (-32), Ibitirama (-13), Laranja da Terra (-2) e São Roque do Canaã (-1).
Diferenças metodológicas entre o Caged e o Novo Caged
De 1992 a 2019 as informações sobre o mercado de trabalho formal foram registradas e divulgadas como fonte pelo Caged. A partir de janeiro de 2020, estas passaram a ter como fonte o Novo Caged.
O Novo Caged conta com as informações do eSocial. O eSocial foi instituído em pelo Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, com objetivo de concentrar em um único sistema diversas informações de empresas e trabalhadores, unificando registros fiscais, previdenciários e trabalhistas. Além do eSocial, o Novo Caged incorpora imputação de dados que vem do antigo Caged e do Web empregador, para complementar informação de desligamento. É, portanto, mais abrangente do que o Caged que só concentrava informações de admissões e desligamentos sob o regime CLT.
A captação de registros de admissões e desligamentos pelo Novo Caged passou a ter maior cobertura, dado que, além dos empregados sob o regime CLT, passou a cobrir os trabalhadores temporários, trabalhadores avulsos, agentes públicos, trabalhadores cedidos, dirigentes sindicais, contribuintes individuais e bolsistas. Estes não eram registrados no Caged ou a declaração era opcional, como a de vínculos temporários, o que para o Novo Caged passou a ser obrigatória. Com estas modificações, o volume das movimentações captadas pelo Novo Caged tende a ser maior. Estas diferenças de captação prejudicam a comparação da série ao longo do tempo, a qual deve ser realizada com as devidas ressalvas metodológicas.
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