O IBGE divulgou, em novembro, a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional referente a setembro de 2024.
A produção física da indústria capixaba cresceu 2,4% na passagem de agosto para setembro, livre de efeitos sazonais. O desempenho do setor industrial capixaba ficou acima da média nacional (+1,1%).
Além disso, entre as 15 localidades pesquisadas pelo IBGE, a produção industrial do Espírito Santo foi a que mais cresceu na passagem de agosto para setembro (Gráfico 1).
No Espírito Santo, os resultados positivos da indústria extrativa (+3,6%) e da indústria de transformação (+0,5%) explicam a alta da produção industrial no estado nessa base de comparação.
Mais especificamente para a indústria extrativa, de acordo com a ANP, a produção de petróleo no Espírito Santo em setembro foi de 158,2 mil barris por dia (bbl/d), 5,6% maior do que registrado no mês anterior. A produção média de gás natural foi de 3,5, milhões de m3 por dia em setembro, um resultado 0,4% maior em relação à produção de agosto. Quanto à atividade de pelotização, houve um maior crescimento da produção de pelotas, influenciado pela reativação da Usina 3 da Samarco em meados de agosto.
Na indústria de transformação, as atividades de fabricação de produtos alimentícios (+0,8%) e a fabricação de produtos de minerais não-metálicos (+3,3%) também influenciaram positivamente sobre o comportamento da indústria capixaba. Já a fabricação de celulose e a metalurgia, registraram quedas de 7,5% e 0,8%, respectivamente, na passagem de agosto para setembro. Vale ressaltar que o recuo do setor de metalurgia em setembro ocorreu após três altas mensais consecutivas.
Na comparação de setembro de 2024 contra setembro de 2023, a produção industrial capixaba registrou alta de 0,8%, impulsionada pelos resultados positivos na indústria extrativa (0,8%) e na indústria de transformação (+0,9%).
Já no acumulado de janeiro a setembro de 2024 frente ao mesmo período de 2023, a produção física da indústria capixaba registrou uma ligeira alta de 0,2%, reflexo do crescimento de 0,9% da indústria de transformação e queda de 0,3% da indústria extrativa.
A indústria de transformação cresceu 0,9% no acumulado do ano, impulsionada por duas atividades: metalurgia (+5,2%) e fabricação de produtos alimentícios (+1,4%). O desempenho do setor de metalurgia foi puxado pelo aumento na produção de bobinas a quente de aço. Segundo as estatísticas do Instituto Aço Brasil, o Espírito Santo produziu aproximadamente 5,6 milhões de toneladas de aço bruto no acumulado de janeiro a setembro de 2024, valor 4,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
A fabricação de produtos alimentícios avançou 1,4% no acumulado de janeiro a setembro de 2024, frente ao mesmo período do ano passado. A produção do setor de produtos minerais não-metálicos ficou estável nessa base de comparação. Já a fabricação de celulose e produtos de papel registrou um desempenho negativo no acumulado do ano até setembro, com uma queda de 8,0%.
A indústria extrativa contrabalanceou o resultado positivo da indústria de transformação, exercendo uma influência negativa no desempenho da produção da indústria capixaba no acumulado nos nove primeiros meses do ano. De acordo com o IBGE, a produção de minérios de ferro pelotizados ou sintetizados segue contribuindo positivamente para o crescimento da indústria extrativa no período de janeiro a setembro de 2024. Contudo, esse desempenho não foi o suficiente para suplantar a queda da produção do setor de P&G.
Por fim, no acumulado dos últimos 12 meses até setembro de 2024, a produção física da indústria do Espírito Santo registrou crescimento de 5,0%. A indústria extrativa acumulou alta de 6,3% e a indústria de transformação avançou 2,7% nesta base de comparação. A variação em 12 meses da produção industrial capixaba (5,0%) ficou acima do nacional (2,6%) no período.
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Nota: A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF Regional) referente a julho foi divulgada na quinta-feira, 07 de novembro de 2024, pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE). Para o Espírito Santo é feito o levantamento de 29 produtos, o que gera uma cobertura de 79% da indústria geral do estado, segundo a metodologia adotada pela pesquisa.
