O desemprego no estado ficou abaixo da média nacional e teve queda de 1,9 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2024
Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua/IBGE), relativos ao primeiro trimestre de 2025 (janeiro a março) e divulgados em 16 de maio, indicaram estabilidade na taxa de desocupação do Espírito Santo (4,0%) frente ao trimestre anterior (3,9%). Apesar da estabilidade na comparação trimestral, o indicador é menor do que o registrado no primeiro trimestre de 2024, quando a taxa de desocupação foi de 5,9%.
No primeiro trimestre do ano, o Espírito Santo manteve a menor taxa de desocupação da região Sudeste e a quarta menor taxa do país, repetindo a posição observada no período anterior. A taxa, que mede a proporção de pessoas em idade ativa desempregadas e em busca de trabalho, ficou abaixo da registrada em Minas Gerais (segunda menor do sudeste), com diferença de 1,7 ponto percentual. Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%) registraram índices ainda mais baixos, enquanto Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%) apresentaram as maiores taxas do país.
Taxa de desocupação (%) – Espírito Santo, Brasil e Região Sudeste

Por sua vez, a taxa de subutilização — que agrega pessoas desocupadas, subocupadas e na força de trabalho potencial — atingiu um percentual 7,9% no Espírito Santo no primeiro trimestre de 2025. O resultado é o menor da região sudeste e o segundo menor do país, atrás apenas de Santa Catarina (5,3%). Apesar da leve alta de 0,3 pontos percentuais em comparação ao último trimestre de 2024, a taxa de subutilização capixaba ainda é inferior em 3,3 p.p. a registrada no primeiro trimestre de 2024.
População ocupada
No primeiro trimestre de 2025, a proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade de trabalhar foi de 59,9%. Esse indicador, que mede o nível de ocupação no Espírito Santo, apresentou resultado próximo ao registrado no mesmo período em 2024 (60,4%). O percentual equivale a aproximadamente 2,06 milhões de pessoas ocupadas, com crescimento de 0,5% em relação ao primeiro trimestre de 2024 — o que corresponde a cerca de 11 mil pessoas a mais no mercado de trabalho.
Entre o primeiro trimestre dos anos de 2024 e 2025, o aumento no número de ocupados foi mais expressivo entre as atividades de: outros serviços (18,4%) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (7,2%). Também apresentaram crescimento as atividades de transporte, armazenagem e correio (4,2%) e indústria geral (3,4%). Já as atividades de serviços domésticos (–13,6%), alojamento e alimentação (–11,6%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (–4,7%) registraram quedas no número de ocupados na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
Rendimento
No primeiro trimestre de 2025, a massa de rendimento mensal real das pessoas ocupadas no Espírito Santo atingiu R$ 6,981 bilhões, registrando alta de 6,7% em relação ao mesmo período de 2024 e crescimento de 1,9% frente ao quarto trimestre do ano anterior. O rendimento médio mensal real dos trabalhadores capixabas ficou em R$3.441,00, aumento de 4,9% em comparação ao primeiro trimestre de 2024 e de 2,3% em relação ao trimestre anterior (R$ 3.362,00). Com esse resultado, o rendimento mensal dos trabalhadores capixabas ficou acima da média nacional (R$ 3.410,00).
Em nível nacional, a massa de rendimento mensal real de todos os trabalhos somou R$345 bi no primeiro trimestre de 2025, crescimento de 6,6% quando comparado com o mesmo trimestre de 2024 (R$ 323,8 bilhões) e uma ligeira retração de 0,1% em comparação ao trimestre anterior (R$ 345,2 bilhões).
Informalidade
A taxa de informalidade, que representa a parcela dos trabalhadores ocupados no setor informal em relação ao total da população ocupada, atingiu o percentual de 37,5% no Espírito Santo no 1º trimestre de 2025, com um recuo de 1,3 p.p. em relação ao mesmo trimestre de 2024, mantendo-se abaixo da média nacional para o período (38,0%). Maranhão (58,4%), Pará (57,5%) e Piauí (54,6%) registraram as maiores taxas de informalidade, enquanto Santa Catarina (25,3%), Distrito Federal (28,2%) e São Paulo (30,3%) apresentaram os menores resultados no país.