Taxa de desocupação do Espírito Santo caiu para 4,1% no terceiro trimestre de 2024

No período, a taxa de desemprego do estado permaneceu abaixo da média do país (6,5%) e registrou o menor resultado desde 2012

Os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua/IBGE) para o Espírito Santo, referentes aos meses de julho, agosto e setembro de 2024, divulgados no dia 22 de novembro, mostraram que a taxa de desocupação no estado ficou em 4,1% no período — patamar abaixo da média registrada no país (6,5%). 

O indicador, que mede o desemprego no estado, caiu 1,5 ponto percentual frente ao mesmo trimestre de 2023, quando a taxa de desocupação do Espírito Santo foi de 5,5%. Na comparação entre o 2º trimestre e o 3º trimestre de 2024, a taxa de desocupação do estado registrou queda de 0,4 p.p.

A taxa de desocupação do Espírito Santo foi a menor da região Sudeste e a 6ª menor entre os estados brasileiros no segundo trimestre de 2024. Assim como no trimestre anterior, as menores taxas de desocupação foram as de Rondônia (2,1%) Mato Grosso (2,3%) e Santa Catarina (2,8%). Já as maiores foram registradas por Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%) e Distrito Federal (8,8%).

Com a taxa de desocupação em 4,1% no 3º trimestre de 2024, o Espírito Santo registrou a menor taxa desde 2012, período no qual a pesquisa foi iniciada.

 

A taxa de subutilização, que compreende as pessoas desocupadas, subocupadas[1] e na força de trabalho potencial[2], retrata de forma mais ampla a disponibilidade de mão de obra não absorvida ou parcialmente absorvida pelo mercado de trabalho. A taxa de subutilização do Espírito Santo atingiu 8,3% no 3º trimestre de 2024, com uma redução de 0,8 p.p. em relação ao 2º trimestre de 2024. Quando comparado com o 3º trimestre de 2023 (11,2%), esse indicador registrou uma queda de 2,8 p.p.

População ocupada

No 3º trimestre de 2024, o nível de ocupação, que é a proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa, registrou aumento de 0,7 p.p. em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e ficou em 60,8% no Espírito Santo. Esse nível representou cerca de 2 milhões de pessoas ocupadas, contingente 1,9% maior ao do 3º trimestre de 2023 (38 mil pessoas a mais). Já em relação ao 2º trimestre de 2024, houve uma queda de 1,0% na população ocupada do estado (aproximadamente 24 mil pessoas a menos).

Na passagem do 2º trimestre de 2024 para o 3º trimestre de 2024, o aumento no número de ocupados foi mais expressivo nos setores de construção (4,4%) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,0%). Outros setores também apresentaram variação positiva, como transporte, armazenagem e correio (2,2%), alojamento e alimentação (1,7%), indústria geral (0,6%) e outros serviços (0,6%).  Já aqueles que registraram queda no número de ocupados foram: serviços domésticos (-14,1%), agricultura, pecuária, produção florestal e aquicultura (-8,3%), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-4,8%) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-0,3%).

Rendimento

Em relação à massa de rendimento mensal das pessoas ocupadas no Espírito Santo, houve um aumento de 14,5% no 3º trimestre de 2024, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, totalizando R$ 6,7 bilhões no Espírito Santo. Já em relação ao 2º trimestre de 2024, a massa de rendimento real cresceu 1,8%.

O rendimento médio mensal real dos trabalhadores capixabas foi de R$ 3.312,00 no 3º trimestre de 2024, aumento 11,6% em relação ao mesmo trimestre de 2023 e de 2,9% ante ao 2º trimestre desse ano.

Para o Brasil, o rendimento médio real mensal habitual foi de R$3.227,00 no 3º trimestre de 2024. Este resultado apresentou um aumento de 3,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (R$3.112,00) e uma queda de 0,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$3.239,00).

Informalidade

A taxa de informalidade, que representa a parcela dos trabalhadores ocupados no setor informal em relação ao total da população ocupada, chegou a 38,1% no Espírito Santo no 3º trimestre, representando uma queda de 0,6 p.p em relação ao 3º trimestre de 2023. Com esse resultado, a taxa de informalidade capixaba ficou abaixo da média nacional (38,8%).

Os estados com as maiores taxas de informalidade foram Pará (56,9%), Maranhão (55,6%) e Piauí (54,5%). Por outro lado, Santa Catarina (26,8%), Distrito Federal (30,2%) e São Paulo (30,6%) registraram as menores taxas para o 3ª trimestre de 2024.


[1] Pessoas ocupadas que trabalhavam menos de 40 horas e estavam disponíveis e gostariam de trabalhar mais horas que as habituais.

[2] Pessoas que no período de 30 dias desistiram de procurar trabalho, mas gostariam de trabalhar ou que procuraram trabalho, mas não poderiam trabalhar devido a algum impedimento.

 

 

Marília Silva - Gerente Executiva
Economista, Doutora pela FGV-SP e Mestre pela UFRGS, com experiência em pesquisa econômica e atuação no Ideies desde 2017. Lidera o Observatório da Indústria da Findes, referência em inteligência analítica e desenvolvimento industrial no Espírito Santo.

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Carolina Ferreira - Gerente de Estudos Estratégicos
Internacionalista, Mestre em Economia pela UFES e especialista em Gerenciamento de Projetos. Experiência em comércio internacional e avaliação de políticas públicas.

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Nathan Marques Diirr - Gerente de Ambiente de Negócios
Economista, mestrando em Economia pela UFES, com interesses em regulação, petróleo e gás, infraestrutura e ambiente de negócios.

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Suiani Febroni - Gerente de Inteligência de Dados e Pesquisas
Economista, Mestre pela Unicamp, com mais de 10 anos de experiência em dados, indicadores complexos, avaliação de impacto e estudos sobre mercado de trabalho, educação e saúde.

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Mayara Bertolani - Coordenadora de Projetos e Operações
Economista, Mestre pela UFES, cursando MBA em Gestão de Projetos. Experiência em gestão de projetos, planejamento orçamentário, compras e análise econômica.

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Balmore Alírio Cruz Aguiar - Analista de Estudos e Pesquisas Sênior
Economista, mestre e doutorando em Economia pela Unicamp, com experiência em economia industrial, aplicada, desenvolvimento regional, conjuntura econômica e mercado de crédito.

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Bruno Novais - Analista de Estudos e Pesquisas Pleno
Economista e mestrando em Economia pela UFES, com experiência em pesquisas primárias e estudos econômicos e conjunturais.

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Flaviana Santos - Analista Administrativo Pleno
Administradora, com experiência em secretariado, comunicação, mídias digitais e pesquisas. Responsável por compras, tarefas administrativas, controle patrimonial e apoio à comunicação.

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Grazielly Rocha - Analista de Estudos e Pesquisas Sênior
Economista pela UFES, com experiência em manipulação de dados, modelagem e indicadores de educação.

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Isabela Passoni Bucher - Cargo/Função
Mestranda em Economia na UFES, Bacharel em Economia Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

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Neuzilene Lima Costa - Analista de Projetos JR
Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Maranhão-UFMA

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Ingred Meira - Analista de Projetos Pleno
Administradora pela UVV, pós-graduada em Gestão de Pessoas pela FGV, com experiência em organização de projetos de pesquisa, análise de dados, controle orçamentário, compras e eventos.

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Jane Machado - Analista de Estudos e Pesquisas Pleno
Administradora formada pela Faesa, com experiência em marketing de produtos, atendimento ao consumidor, pesquisa primária e estudos setoriais.

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João Vitor Soares - Estagiário de Nível Superior
Estudante de Economia pela UFES, com experiência em pesquisas de conjuntura, monitoria em Contabilidade Social e atuação em análise de dados conjunturais.

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